AUGUSTO CAMPOS | LUANDA, 28 Agotso 2015:
DR/DN
As dezanove mulheres chinesas forçadas à prática da prostituição em Angola e libertadas o mês passado pela polícia trabalhavam num clube noturno de Luanda, gerido por dois irmãos chineses, revelou hoje a imprensa de Pequim.
Oriundas de regiões pobres da China, as mulheres foram atraídas com a promessa de emprego num hotel em Angola a ganharem cerca de 6.000 yuan (700 euros) por mês, seis vezes mais do que no seu país, mas à chegada a Luanda, os patrões confiscavam-lhes os seus passaportes.
O "hotel" era, na verdade, "um bordel", chamado ZhongAn International Entertainment Club e que segundo o China Daily, estava situado no bairro de Benfica, em Luanda.
Cerca de 70.000 chineses trabalham em Angola, sobretudo na construção civil, e "como a maioria não traz as mulheres, a prostituição chinesa é muito procurada", disse o jornal Global Times citando um cidadão chinês que trabalhou naquele país africano.
A investigação deste caso começou em abril passado, através de uma queixa apresentada à polícia de Jilin, nordeste da China, pela irmã de uma jovem que tinha sido contratada para trabalhar em Angola.
Uma força policial conjunta, formada por agentes angolanos e chineses, deslocou-se no dia 25 de Julho ao referido clube, onde deteve um dos proprietários, Sun Yinghao, e uma mulher descrita como "a sua amante", Xu Juan, que era responsável pela contratação das empregadas.