AUGUSTO CAMPOS | LUANDA, 20 Agosto 2015:
DR / RA
O prazo de 63 dias dado pelo braço armado da Frente de Libertação do Estado de Cabinda – FLEC/FAC para que os cidadãos chineses deixassem a província terminou ontem e aquela organização ameaça agora, “punir severamente” os que permaneceram.
Num email encaminhado à redacção do Rede Angola pelo porta-voz da organização independentista, Jean Claude Nzita, citando declarações à RFI, o presidente fundador da FLEC/FAC, Nzita Henriques Tiago, ameaça com retaliações armadas contra estes cidadãos.
“Todo aquele que ajuda a invasão angolana no território de Cabinda é nosso inimigo”, afirma Nzita Henriques Tiago.
A posição manifestada pelo grupo no dia 15 de Junho, surgiu 72 horas depois de o presidente José Eduardo dos Santos ter realizado uma visita oficial à China, durante a qual foi acertado um reforço do apoio financeiro chinês a Angola, embora sem se conhecerem pormenores, até ao momento, desse entendimento.
Nessa altura, a FLEC/FAC “exigia que o governo da República Popular da China repatriasse urgentemente todos os seus nacionais do território de Cabinda num prazo de 63 dias”.
“Não sendo respeitada esta exigência, todo o tipo de empresas chinesas são alvos da resistência cabindese e toda a presença chinesa no território de Cabinda caucionada pelo governo angolano será severamente punida”, advertiu a direcção político-militar da FLEC/FAC.
No mesmo comunicado, assinado pelo comandante da FLEC/FLAC, Nzombu Terminator, é lembrado ao governo chinês “que todos os compromissos e acordos assinados com o governo angolano não são válidos no território de Cabinda”.
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