segunda-feira, 6 de julho de 2015

MUNDIAL FEMININO: EUA ´´MASSACRAM´´ JAPÃO NA FINAL



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AUGUSTO CAMPOS, LUANDA, 06 Julho 2015:

A seleção dos Estados Unidos conquistou esta madrugada, pela terceira vez na sua história, o título de campeã Mundial de futebol feminino, ao bater na final a congénere do Japão, a detentora do troféu, por esclarecedores 5-2.

O jogo teve 90 minutos, mas o vencedor acabou por ficar definido no primeiro quarto de hora. Com uma entrada de sonho, as norte-americanas abriram uma vantagem de 4-0, com três golos de Carli Lloyd (3', 5' e 16'), tendo Lauren Holiday (14') feito o outro tento.

As chinesas ainda reagiram, com Ogimi a reduzir ainda na primeira metade (27'), e depois na segunda fizeram o segundo, num autogolo de Julie Johnston, 52'. O problema foi que, dois minutos volvidos, Tobin Heath "matou" por completo a reação contrária, ao fazer o 5-2 final aos 54 minutos.

Esta conquista norte-americana junta-se às conquistadas em 1991 e 1999, fazendo dos EUA a seleção com mais títulos na história do Mundial feminino.

Revidando o resultado da final do Mundial Feminino de 2011, na Alemanha, a seleção feminina de futebol dos Estados Unidos passaram feito um trator sobre a equipe japonesa. Em partida decisiva da Copa do Mundo de Futebol Feminino 2015,  O estádio BC Place, em Vancouver, no Canadá.
As norte-americanas surpreenderam a equipe adversária com quatro gols logo no início do primeiro tempo. A atacante Lloyd fez três deles: um aos 3 minutos, após cobrança de escanteio; outro aos 5, após cobrança de falta próximo à área da equipe japonesa; e o terceiro, aos 16 minutos, chutando do meio de campo e encobrindo a goleira Kaihori, um golaço! A meio-campista Holiday, também balançou a rede adversária, aos 14 minutos. 
O Japão, depois de sentir o choque dos primeiros gols, tentou reagir em campo e diminuiu a diferença, ainda no primeiro tempo, com Ogimi, em bonita jogada individual, aos 27 minutos.
Já no segundo tempo, a seleção aguerrida no Japão, passa a sair mais para o ataque. Em uma dessas jogadas, a defesa norte-americana falha e Johnston acaba marcando contra. O placar passa a ser Estados Unidos 4 x 2 Japão. Mas a superioridade técnica da seleção dos EUA se faz presente. Elas voltam a dominar o jogo e Holiday cobra escanteio fechado. A bola vem na medida para Heath, de frente para o gol, que converte o quinto gol da equipe e assegura a vitória sobre o Japão.
Ao fim do jogo, Carli Lloyd, cujos dois primeiros gols na partida foram apontados como os mais rápidos da história do Mundial Feminino, ganhou o troféu Bola de Ouro como a melhor jogadora do campeonato.

Retrospectiva

Uma das maiores potências do futebol feminino, os Estados Unidos chegaram a final da Copa do Mundo em quatro das sete edições. Em toda sua história na competição, as norte-americanas nunca deixaram de aparecer entre as três primeiras colocadas. Para chegar até aqui, os Estados Unidos tiveram que passar por Austrália, Nigéria e Suécia na fase de grupos - terminando no primeiro lugar de sua chave, com duas vitórias e um empate. Na fase eliminatória, elas derrubaram a Colômbia nas oitavas, China nas quartas e a Alemanha na semifinal, no confronto entre as duas seleções bicampeãs da Copa para mulheres. Uma das armas dos Estados Unidos para voltar a levantar uma taça após 16 anos é sua defesa sólida, comandada por Hope Solo: a goleira sofreu apenas um gol no torneio e traz doze defesas difíceis em seu cartel. 
As mexidas que a técnica Jill Elis fez no meio de campo da seleção norte-americana para bater as poderosas alemãs devem ser mantidas: Holiday e Brian aparecem mais recuadas, cuidando da proteção à zaga, enquanto a camisa 10 Lloyd fica solta no ataque, articulando as jogadas. No ataque, Morgan deve ser escalada como centroavante, sendo assistida por Heath e Rapinoe pelos lados do campo. A treinadora ainda estuda a possibilidade de lançar a veloz O’Hara, autora de um dos gols na semifinal, no lugar de Heath. A veterana Wambach, que perdeu espaço no time, pode seguir no banco de reservas.
Em sua segunda decisão, o Japão pode vencer de novo se mantiver o aproveitamento perfeito na competição: as atuais campeãs chegaram na final sem perder um jogo sequer. Na primeira fase, bateram Suíça, Camarões e Equador. Nas oitavas, as Nadeshikos passaram pela Holanda, para depois mandar Austrália e Inglaterra para casa. Apesar de enfileirar vitórias, todas apertadas, com apenas um gol de diferença. A partida mais dramática da campanha japonesa foi a que rendeu vaga na final: depois de um pênalti discutível para cada lado, o jogo com a Inglaterra seguia empatado em 1 a 1 e encaminhando-se para uma prorrogação. Só que aos 47 minutos do segundo tempo, a zagueira Bassett cortou mal um cruzamento na área e marcou contra, colocando o Japão na decisão.  
A estratégia japonesa passa pela paciência e toque de bola para construir as jogadas e o jogo coletivo, com gols distribuídos entre o elenco. Miyama, duas vezes, Ogimi, Sameshima, Ariyoshi, Sakaguchi, Sugasawa e Iwabuchi marcaram os oito gols do Japão até agora. Na história do confronto em Copas, o time nipônico está em desvantagem: são duas vitórias para os Estados Unidos e um empate - o da final passada, que acabou tendo final feliz para o Japão.
A ucraniana Kateryna Monzul foi a árbitra da partida, auxiliada pela compatriota Natalia Rachynska e a espanhola Yolanda Parga.
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