sexta-feira, 17 de julho de 2015

LUANDA QUER TRAVAR MANIFESTAÇÃO DO DIA 29 DE JULHO




AUGUSTO CAMPOS | LUANDA, 17 Julho 2015:
DR/RFI

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A manifestação de 29 de Julho tem como objectivo exigir a libertação imediata dos pelo menos quatorze activistas e dois militares detidos desde 20 de Junho, bem como dos três defensores de Direitos Humanos detidos em Cabinda a 14 de Março, destes apenas Marcos Mavungo continua preso, estando os outros dois em liberdade condicional.

O Governo Provincial de Luanda exige provas da existência legal dos "jovens de vários extractos sociais" que subscreveram a convocatória de uma manifestação para 29 de Julho, para exigir a libertação imediata dos dezanove presos políticos em Luanda e Cabinda, sob o lema "chega de prisões arbitrárias e perseguições políticas em Angola".
Adolfo Campos, membro do Movimento dos Jovens Revolucionários de Angola, foi um dos cinco activistas que assinaram a carta endereçada ao Governo Provincial de Luanda no passado dia 13 de Julho, para prevenir da realização da manifestação, em conformidade com a lei e afirma que est vai mesmo realizar-se, pois foram cumpridos todos os trâmites.

PRESIDENTE ORDEM DOS ADVOGADOS DE CABINDA INTIMIDADO
Arão Bula Tempo, presidente da Ordem dos Advogados de Cabinda, detido a 14 de Março no enclave com o seu cliente Manuel Biongo, ambos indiciados de colaboração com estrangeiros, para constranger o Estado angolano, está em regime de liberdade condicional desde 13 de Maio, enquanto o defensor de Direitos Humanos Marcos Mavungo, acusado de rebelião continua detido.
 Estas detenções ocorreram no dia em que estava prevista uma manifestação para denunciar violações de Direitos Humanos no enclave.