quarta-feira, 29 de julho de 2015

ESCOLA DE VIANA PROÍBE O USO DE CABELO BRASILEIRO E POSTIÇOS



AUGUSTO CAMPOS | LUANDA, 29 Julho 2015:
DR / RA / TPA

A regulamentação sobre a forma como os alunos de várias instituições de ensino apresentam os seus cabelos continua a gerar polémica. A escola do 1º Ciclo do Ensino Secundário N5111, em Viana, proíbe as alunas de usarem tranças postiças ou cabelo brasileiro, informa a TPA.



A regra, criada pela Comissão de Paz da instituição em conjunto com a direcção, foi implementada para evitar o assédio às estudantes. “As nossas alunas de 12, 14 anos apresentam uma estrutura física bem composta e com cabelo brasileiro ou postiço, pensamos nós, já é uma moça e pode, até certo ponto, chamar a atenção de adultos. Com esta atitude, as dificuldades que tínhamos antes, porque chegaram a aparecer indivíduos à procura dessas meninas, está a diminuir bastante,” afirmou Daniel Mundomba, director administrativo da escola N5111.
Uma das jovens, também entrevistada pela equipa de reportagem da TPA, garante que “antes até deixavam entrar com cabelo brasileiro, mas agora já não é permitido”.
“Não há nada por escrito nem verbal que proíba as alunas com postiço de entrem no recinto escolar, mas a escola e os elementos que interagem no meio escolar devem ser todos eles chamados a incutir comportamentos bons às nossas meninas, por forma a que elas sejam valorizadas. O corpo da mulher é sagrado”, alega Lourenço Neto, do Gabinete Provincial da Educação em Luanda.
Na escola primária N5001, igualmente em Viana, além dos penteados, a indumentária também é alvo de regulamentação para combater o assédio. A bata abaixo dos joelhos é obrigatória. Uma das alunas defende: “Há muitas alunas que nem querem saber das regras. Eu acho muito importante e aconselho as colegas a andarem de bata comprida, porque há muitos drogados aqui que se aproveitam disso [uso de roupa acima do joelho].”


Tag: angola Cabelo Brasileiro Luanda, escola.

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