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AUGUSTO CAMPOS | LUANDA, 05 Julho 2015:
Em uma final típica de Copa América, com raça, muitos cartões amarelos e catimba, o Chile venceu a Argentina nos pênaltis em Santiago e chegou ao primeiro título da competição sul-americana após 0 a 0 no tempo normal. Enquanto os donos da casa converteram todas as cobranças, Higuaín e Banega erraram.
Jorge Sampaoli decidiu fechar o time no 5-3-2 para anular Messi. Ele recuou o volante Marcelo Díaz para atuar como líbero e promoveu a estreia do zagueiro Silva. Medel fechava pelo lado esquerdo exatamente para caçar o craque argentino. Isla permaneceu na lateral direita e Beausejour entrou na esquerda.
Quando o Chile saía para o jogo, mudava para o 3-5-2. E os donos da casa dominaram nos primeiros 15 minutos, principalmente em investidas pela direita. Aos 10, Vidal pegou rebote da defesa de primeira, com a perna canhota, e obrigou Romero a voar no canto esquerdo. Aí a Argentina avançou a marcação e começou a incomodar.
Aos 19, Messi cobrou falta na cabeça de Aguero, que obrigou Bravo a fazer bela defesa. Vargas respondeu aos 22, mas chutou muito alto em contra-ataque pela direita. Aos 28, Di María sentiu lesão e foi substituído por Lavezzi, que aos 46 finalizou após passe de Pastore para nova defesa de Bravo.
O jogo intenso do primeiro tempo não foi visto no segundo. O Chile continuava com maior posse de bola, mas não conseguia infiltrar na defesa argentina. O time adversário procurava apenas manter a bola longe da área. Bem marcado por Medel, Messi pouco apareceu.
Aos 36, Aránguiz alçou a bola para Sánchez, que chutou cruzado, de virada. A bola passou rente à trave direita de Romero. No último segundo do tempo normal, Lavezzi deixou Higuaín livre ao lado do gol de Bravo. Mas o camisa 9 chegou atrasado e chutou para fora. E a decisão seguiu para a prorrogação.
A melhor chance da primeira etapa foi de Alexis Sánchez, no minuto final após furada de Mascherano. Em velocidade, o chileno chutou da entrada da área por cima do gol. Na segunda parte, o futebol deu lugar ao nervosismo. E tudo se decidiu nos pênaltis.
Para o Chile, Fernández, Vidal, Aránguiz e Sánchez converteram. Pelo lado argentino, apenas Messi acertou. Higuaín e Banega erraram. No final, Chile 4 a 1 nos pênaltis. E os donos da casa erguem o troféu pela primeira vez para uma festa com mais de 45 mil pessoas.