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AUGUSTO CAMPOS | LUANDA, 22 Junho 2015:
DR/BBC
DR/BBC
Novas imagens do suspeito do ataque a
uma histórica igreja da comunidade negra em Charleston, nos Estados
Unidos, vazaram na internet.
Nelas, Dylann Roof, de 21 anos, aparece queimando uma bandeira dos Estados Unidos e visitando uma antiga fazenda de escravos.
Roof
é acusado de abrir fogo contra fiéis no interior da Igreja Metodista
Episcopal Africana Emanuel, em Charleston, no Estado americano da
Carolina do Sul, na última quarta-feira, 17.
Nove pessoas morreram atingidas pelos disparos.
Em
uma das fotos, vazadas neste sábado, o jovem aparece segurando uma
bandeira dos Estados Confederados, um símbolo da guerra civil americana e
considerada hoje um ícone de ódio racial no país.
Na noite de quarta-feira, Roof teria participado por uma hora de uma sessão de estudos da Bíblia na igreja antes de abrir fogo.
Seis
mulheres e três homens, entre ele o pastor da igreja, o senador
Clementa Pinckney, foram mortos. O caso é investigado pelo Departamento
de Justiça americano como um crime de ódio.
O prefeito da cidade, Joe Riley, disse que o crime é "uma tragédia indescritível e desoladora em uma igreja histórica."
"A
única razão que pode levar alguém a entrar em uma igreja e matar
pessoas rezando é o ódio. É um crime totalmente incompreensível. Mas
vamos levar essa pessoa à Justiça o mais rápido possível."
Carson Cowles, tio de Roof, disse à agência de notícias Reuters que o
rapaz ganhou uma arma de calibe .45 de seu pai recentemente.
Ele
ainda afirmou ter tentado orientar seu sobrinho sobre como usar a arma,
mas Roof não teria se demonstrado receptivo a proposta.
Na foto de
seu perfil no Facebook, Roof aparece com uma jaqueta na qual se
destacam as bandeiras da África do Sul e da antiga Rodésia, hoje
conhecido como Zimbábue, de quando estes países ainda eram controlados
por minorias brancas.
Richard Cohen, presidente da Southern Poverty Law Center, uma
organização sem fins lucrativos de combate a crimes de ódio, em
Montgomery, no Estado do Alabama, diz que Roof não era conhecido por sua
organização.
Cohen afirma que ainda não está claro se o jovem
tinha ligações com algum dos 16 grupos supremacistas atuantes na
Carolina do Sul identificados por sua ONG.
O perfil mostra que ele estudou na escola White Knoll High School, em
Lexington, na Carolina do Sul, que fica a duas horas de carro de
Charleston, e indica que ele mora na capital do Estado, Columbia.
Uma
mulher que atendeu uma ligação feita pela Reuters para o celular que
pertence a sua mãe, Amelia Roof, não quis comentar o assunto. "Nunca
daremos entrevistas", disse ela antes de desligar.
Tag: EUA Notícias, Fotos do assassino de Negros nos EUA.
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