quarta-feira, 15 de outubro de 2014

CHUVA EM PORTUGAL CORTA ACESSOS ESTRATÉGICOS


AUGUSTO CAMPOS, LUANDA, 15 Outubro 2014:  A Calçada de Carriche e os túneis da Avenida João XXI e do Campo Grande, em Lisboa, estão cortados ao trânsito nos dois sentidos devido à acumulação de água provocada pela chuva intensa. Há também registo de inundações em vários pontos da cidade.
O túnel da Avenida João XXI foi cortado ao trânsito por volta das 16h15 desta segunda-feira, nos dois sentidos, devido à acumulação de água provocada pela chuva intensa, disse fonte policial. Segundo a mesma fonte, na Baixa de Lisboa, entre a Rua da Prata e a Praça do Comércio, apenas circulam viaturas pesadas.
Também a Calçada de Carriche foi cortada ao trânsito, nos dois sentidos, pelas 16h, devido à acumulação de água provocada pela chuva intensa. No local encontram-se elementos da PSP, que estão a desviar o trânsito até que estejam reunidas as condições para reabrir a via.
Pelas 17h05, também os túneis do Campo Grande, em Lisboa, se encontravam encerrados ao trânsito.
O mesmo acontecia na Avenida Dr. Augusto Castro, onde se verificou a entrada de água para a estação do Metropolitano de Chelas.
Fonte do Metropolitano de Lisboa informou que algumas estações foram afectadas pela entrada de água e lama, estando um dos acessos à estação do Rossio encerrado para limpezas, assim como metade do átrio norte da Estação do Jardim Zoológico. Contudo, estas ocorrências não interferiram com o normal funcionamento dos comboios do metro.
A chuva intensa que caiu, ao início da tarde, na capital causou também diversas inundações em vários pontos da cidade.
Segundo a página de Internet do Regimento dos Sapadores Bombeiros (RSB), entre as 15h39 e as 15h59 foram registadas inundações em Benfica, São Domingos de Benfica, Olivais e Misericórdia, entre outras. Parque das Nações, Estrela, Alvalade, Santa Clara, Campolide, Ajuda e Santo António são outras zonas da cidade afectadas.
Pedro Patrício, comandante do Regimento Sapadores de Bombeiros de Lisboa, disse à agência Lusa que uma pessoa foi arrastada pelas águas na zona de Xabregas, tendo ficado com algumas escoriações.
De acordo com o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho (PS), aquela freguesia foi bastante afectada pela chuva, nomeadamente Alfama, parte da Mouraria e a Baixa lisboeta. Na freguesia de Santo António, a Rua das Pretas ficou inundada, segundo o presidente da junta, Vasco Morgado (PSD).
Também no Aeroporto de Lisboa a chuva que se fez sentir durante a tarde fez com que entrasse água em vários pontos do Terminal 1.
Esta segunda-feira, a maré baixa foi às 12h59 e a preia-mar será às 19h33.
Os vereadores do PSD e do PCP na Câmara de Lisboa já reagiram a esta situação, que se verificou exactamente três semanas depois de a última grande chuvada de Verão ter provocado o caos na cidade. Nessa altura, o vereador da Protecção Civil, Carlos Castro, acusou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera de não ter previsto tanta chuva, acrescentando que a cidade teve de se preparar "à última hora".
Numa declaração enviada ao PÚBLICO, o vereador António Prôa começa por apontar "o que mudou". "Desta vez a maré estava longe de estar cheia, o aviso laranja foi anunciado com antecedência, não é possível atribuir as culpas nem à maré nem aos meteorologistas, já ninguém acredita que estes fenómenos são pontuais, já não apareceu nenhum vereador para fazer declarações precipitadas", sintetiza o autarca social-democrata.
E o que se mantém? “Inundações! Problemas de obstrução de sarjetas, sumidouros e colectores; colectores em mau estado; falta de investimento na rede de esgotos; plano de drenagem pronto desde 2007 por implementar; impermeabilização excessiva dos solos; incorrecto planejamento urbano." A essa lista o vereador do PSD acrescenta um outro ponto comum entre aquilo que se verificou a 22 de Setembro e esta segunda-feira: “Um presidente da câmara que continua a não dar a cara e a estar presente junto aos problemas da cidade.”
Já o PCP sublinha que as inundações agora verificadas afectaram “centenas de pessoas, comércio” e tornaram o trânsito “caótico”. “Importa saber o que é que foi feito pelo PS-António Costa na Câmara Municipal de Lisboa para evitar que esta situação não se voltasse a repetir, que muito lamentamos”, acrescentam os vereadores comunistas em comunicado. Adiantam que já denunciaram publicamente as consequências da não execução do plano de drenagem.  

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