AUGUSTO CAMPOS, LUANDA, 04 Outubro 2014: A batata 'hypoxis', vulgarmente conhecida por batata africana, um tubérculo selvagem nativo de Moçambique, está a ser usada com bastante sucesso no tratamento da sida em grande parte da África Austral, incluindo na África do Sul, onde estão já a ser produzidos comprimidos a partir daquel tubérculo.
Nascido espontaneamente em
praticamente todo o território moçambicano e devido ao sucesso clínico e
à sua crescente procura, o referido tubérculo está agora a ser objecto
da maior atenção por parte das autoridades nomeadamente no Instituto
Nacional de Investigação Agrária (INIA) de Moçambique, onde está a ser
levado a cabo um estudo cinetífico.
A batata africana é usada com fins medicinais há muito tempo em Moçambique, um país que dispõe de uma enorme variedade de plantas medicinais. Mas só nos últimos três anos foram descobertos os seus benefícios no tratamento da sida.
MÉTODOS SIMPLES
A sua utilização no tratamento desta doença é muito simples: "a batata é seca e enfarinhada e toma-se uma colher de sopa de manhã, há tarde e à noite. Ou então é fervida em água, retira-se a batata e bebe-se a água três vezes ao dia" - explicou Mário Calano da Silva, vice-presidente do INIA, durante a visita de um grupo de empresários portugueses às instalações daquele Instituto, nos arredores da capital, Maputo. A visita decorreu no âmbito de uma missão empresarial a Moçambique, organizada pela Câmara de Agricultura Lusófona (CAL).
Os resultados deste tratamento têm sido surpreendentes, com "muitos efeitos secundários da doença a desaparecerem, como os furúnculos e as manchas" - sublinhou o responsável da INIA.
Aliás, devido ao êxito do tratamento, a África do Sul, um país que se debate com o terrível flagelo da infecção com o VIH, já está a produzir comprimidos à base da batata africana.
Mas o sucesso do tratamento clínico da sida com a batata africana é também importante para Moçambique, uma vez que, segundo dados oficiais, 13 por cento dos seus 14 milhões de habitantes estão infectados com a doença. E, mais grave ainda, 300 mil crianças estão também infectadas com o VIH.
Em Moçambique existem pelo menos 5692 espécies de vegetação, algumas das quais em risco de extinção. Com tamanha diversidade de flora, não admira que cerca de 80 por cento da população do país utilize ainda a medicina tradicional nos cuidados de saúde.
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A batata africana é usada com fins medicinais há muito tempo em Moçambique, um país que dispõe de uma enorme variedade de plantas medicinais. Mas só nos últimos três anos foram descobertos os seus benefícios no tratamento da sida.
MÉTODOS SIMPLES
A sua utilização no tratamento desta doença é muito simples: "a batata é seca e enfarinhada e toma-se uma colher de sopa de manhã, há tarde e à noite. Ou então é fervida em água, retira-se a batata e bebe-se a água três vezes ao dia" - explicou Mário Calano da Silva, vice-presidente do INIA, durante a visita de um grupo de empresários portugueses às instalações daquele Instituto, nos arredores da capital, Maputo. A visita decorreu no âmbito de uma missão empresarial a Moçambique, organizada pela Câmara de Agricultura Lusófona (CAL).
Os resultados deste tratamento têm sido surpreendentes, com "muitos efeitos secundários da doença a desaparecerem, como os furúnculos e as manchas" - sublinhou o responsável da INIA.
Aliás, devido ao êxito do tratamento, a África do Sul, um país que se debate com o terrível flagelo da infecção com o VIH, já está a produzir comprimidos à base da batata africana.
Mas o sucesso do tratamento clínico da sida com a batata africana é também importante para Moçambique, uma vez que, segundo dados oficiais, 13 por cento dos seus 14 milhões de habitantes estão infectados com a doença. E, mais grave ainda, 300 mil crianças estão também infectadas com o VIH.
Em Moçambique existem pelo menos 5692 espécies de vegetação, algumas das quais em risco de extinção. Com tamanha diversidade de flora, não admira que cerca de 80 por cento da população do país utilize ainda a medicina tradicional nos cuidados de saúde.