AUGUSTO CAMPOS, LUANDA, 12 Outubro 2014: A estratégia de Isabel dos Santos e de Fernando Teles, que também detém 42,5% do BIC e é presidente do banco, passa por ter uma estratégia de expansão em África semelhante à do Standard Bank.
O Banco BIC Angola recebeu autorização do Banco Central da Namíbia para iniciar actividades neste país. Esta entrada na Namíbia é o primeiro passo do Banco BIC Angola para estender a sua actividade aos países que integram a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
A autorização concedida pelo supervisor namibiano é, para já, provisória, e terá a duração de seis meses. O BIC Angola, onde Isabel dos Santos tem uma participação de 42,5%, já abriu em Fevereiro deste ano delegação em Joanesburgo, capital da África do Sul, e prepara-se para abrir um escritório na China, país que é o principal comprador de petróleo angolano.
A estratégia de Isabel dos Santos e de Fernando Teles, que também detém 42,5% do BIC e é presidente do banco, passa por ter uma estratégia de expansão em África semelhante à do Standard Bank. Este grupo financeiro sul-africano está espalhado por 32 países, 19 dos quais pertencem ao continente africano. O BIC já está presente em Angola, Cabo Verde, Portugal e Brasil.
A licença provisória concedida pelo Banco Central da Namíbia permitirá ao Banco BIC completar os estudos de viabilidade, de forma a validar o seu plano de negócios para entrar no mercado namibiano.
Durante este período de seis meses, o Banco BIC Namíbia não está autorizado a exercer qualquer tipo de actividade bancária, especialmente a captação de clientes. Esta entrada na Namíbia coincide com a reformulação da estrutura accionista do Banco BIC, consumada em Setembro. O empresário Américo Amorim vendeu a participação de 25% que detinha no BIC, tendo Isabel dos Santos e Fernando Teles reforçado as suas posições accionistas.