Partilha Nossa Página no Facebook PABLO ESCOBAR: CONHENÇA A HISTÓRIA DO MAIOR TRAFICANTE | BIOGRAFIA DE PABLO ESCOBAR ~ Canal 82 | Agência de Notícias

sexta-feira, 11 de julho de 2014

PABLO ESCOBAR: CONHENÇA A HISTÓRIA DO MAIOR TRAFICANTE | BIOGRAFIA DE PABLO ESCOBAR

 
AUGUSTO CAMPOS | LUANDA, 11 Julho 2014:

Pablo Emilio Escobar Gaviria, colombiano conhecido no mundo todo pelo seu primeiro e terceiro nome, foi um mito do narcoterrorismo e um dos homens mais ricos do mundo nos anos 90. Apelidado carinhosamente de “Don Pablito” ou “El Patron”, chefiava o Cartel de Medellín, traficando bilhões de dólares em cocaína com sua dócil política chamada "plata o plomo" (prata ou chumbo).
Inteligente, o criminoso ajudava a população carente da Colômbia e utilizava a ideologia antiimperialista para camuflar suas ações ilegais, ganhando apoio da maioria dos colombianos. Por exemplo, Escobar construía estádios de futebol e financiava alguns times da cidade, dizia tirar dos ricos para dar aos pobres, criando uma imagem de Robin Hood. Com isso, o povo de Medellín acobertava-o, escondendo informações e fazendo o possível para protegê-lo das autoridades.
Ele teve uma infância pobre, nasceu em um barraco na cidade de Rionegro, em Antioquia. Foi o terceiro a ver o mundo entre seus seis irmãos e recebeu educação de um camponês, seu pai Abel de Jesus Escobar e de uma professora do ensino fundamental, sua mãe Gaviria Hemilda. Iniciou seus estudos em Ciências Políticas, mas desistiu por não conseguir pagar a mensalidade da faculdade. Então escolheu a solução para seus problemas no mundo do crime, inicialmente roubando túmulos e os revendendo para contrabandistas. Porém, Roberto Escobar, seu irmão, nega que Pablo tenha feito isso.
De qualquer forma, Escobar exercia outras atividades ilegais no início de sua carreira criminal. Começou com pequenos golpes como contrabando de cigarros falsos e venda de bilhetes de loteria falsificados. Aos 20 anos, já era um grande ladrão de carros, ao mesmo tempo em que atuava como guarda-costas. Antes de entrar no tráfico, conseguiu 100 mil dólares sequestrando um executivo de Medellín. Escobar começou a lucrar alto prestando trabalhos ao contrabandista Álvaro Prieto e, aos 22 anos, Pablo já era milionário.
No ano de 1975, Escobar começa a se envolver com o tráfico de cocaína. Fazia viagens de ida e volta entre Colômbia e Panamá, contrabandeando drogas para os Estados Unidos. Começou a ganhar notoriedade quando encomendou o assassinato de Fabio Restrepo, um revendedor de Medellín que tentou lhe matar. Um ano depois, Escobar e seus homens foram pegos com 18 quilos de pasta base, utilizada na composição da coca, após retornarem do Equador. Depois deste episódio, Pablo iniciava suas tentativas de suborno. Comprou alguns juízes de Medellín e conseguiu com que o caso fosse arquivado. Foi aí que começou sua política de lidar com autoridades matando-as ou subornando-as, o famoso sistema “O PLATA O PLOMO” (ou prata [dinheiro] ou chumbo).


Durante os anos 80, sua rede de distribuição de drogas ganha repercussão internacional. O Cartel de Medellín era peça chave no contrabando da cocaína que chegava aos Estados Unidos pelo México, Porto Rico e República Dominicana. Fora isso, outros mercados atingidos pelo cartel foram o Europeu e o Asiático.
Escobar fazia qualquer coisa para atingir seus objetivos. Foi responsabilizado pela morte de três políticos colombianos que concorriam à presidência, por explodir um avião da Avianca 203 e o prédio de segurança pública da cidade de Bogotá; e pelas guerras sangrentas com o Cartel de Cali. Segundo alguns historiadores, Pablo enviava cartas para suas vítimas, convidava-as para seus próprios enterros, que ocorriam precisamente nas datas sugeridas pelo terrorista.
Em 1991, após cometer o assassinato de Luis Carlos Galán, um candidato à presidência, Escobar fez um acordo com o governo colombiano para evitar sua extradição para os Estados Unidos ou sua morte pelo Cartel de Cali. Pressionado pelas autoridades e pela opinião pública, Escobar foi preso em uma prisão luxuosa, construída por ele mesmo, a La Catedral.
Após este episódio, a extradição de cidadãos colombianos foi proibida e uma nova constituição foi aprovada. Porém, suspeita-se, apenas suspeita-se, de que o rei da coca tenha influenciado alguns membros da Assembléia Constituinte. Mesmo preso, Escobar continuava com suas atividades ilegais. Em 1992, escapou antes da transferência para outra prisão, com medo de ser extraditado para os Estados Unidos. Como ele mesmo dizia, “prefiro uma cova na Colômbia a uma cela nos E.U.A.”.
A guerra contra o narcotraficante chegou ao fim quando uma equipe de especialistas em eletrônica colombianos, utilizando uma tecnologia de triangulação de rádio criada pelas autoridades americanas, encontrou Escobar desprevenido em um bairro de classe média de Medellín. Após um tiroteio, o traficante acabou encurralado em um telhado e levou uma saraivada de tiros. Algumas balas atingiram a perna, outras as costas, mas a fatal foi próxima ao ouvido. Apesar de ser o mais aceito, este é um acontecimento controverso e tem várias versões. Do episódio, restam apenas algumas fotos de policiais colombianos posando atrás do prêmio. Um barrigudo, morto e descalço Pablo Escobar.
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