AUGUSTO CAMPOS | LUANDA, 11 Julho 2014: A capital angolana é a cidade mais cara do mundo, pelo segundo ano consecutivo, de acordo com um estudo global sobre o custo de vida em 2014, elaborado pela consultora Mercer, que é dominado por cidades africanas, europeias e asiáticas.
Luanda ocupa o primeiro lugar da tabela, seguida
pela capital do Chade, N'Djamena, numa lista que é completada com Hong
Kong, Singapura, Zurique, Genebra, Tóquio, Berna, Moscovo e Shangai.
Lisboa está a meio da tabela, no 94.º posto, tendo avançado 14 lugares
face à posição que ocupava em 2013.
"Os resultados do estudo
confirmam que os locais mais caros do mundo para expatriados são
maioritariamente cidades europeias, africanas e asiáticas", realçou a
Mercer numa nota relativa ao estudo que é considerado um dos mais
fidedignos e completos do mundo, destinando-se a ajudar empresas,
governos e outras entidades a determinarem subsídios de compensação para
os seus colaboradores expatriados.
O responsável pela área de
estudos de mercado da Mercer, Tiago Borges, sublinhou que "as
classificações em muitas regiões foram afectadas por eventos mundiais
recentes, como por exemplo flutuações cambiais, inflação dos custos ao
nível dos bens e serviços e volatilidade nos preços de alojamento".
E
salientou: "Enquanto Luanda e N'Djamena são cidades relativamente pouco
dispendiosas para os locais, tornam-se muito caras para expatriados,
visto que os bens importados são de elevada qualidade. Por outro lado,
encontrar alojamento seguro que vá ao encontro das expectativas dos
expatriados pode ser uma tarefa desafiante e cara."
O estudo
abrange 211 cidades de cinco continentes, comparando os custos de mais
de 200 bens em cada local, incluindo alojamento, transporte, comida,
roupa, artigos domésticos e entretenimento. No último lugar da lista
surge Carachi, no Paquistão, que é uma cidade três vezes menos
dispendiosa do que Luanda.
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