Partilha Nossa Página no Facebook LIVRO SOBRE A VIDA DE CR7-O SEGREDO DA MÁQUINA ~ Canal 82 | Agência de Notícias

terça-feira, 3 de junho de 2014

LIVRO SOBRE A VIDA DE CR7-O SEGREDO DA MÁQUINA

 

AUGUSTO CAMPOS | LUANDA: O GloboEsporte.com apresenta abaixo um trecho de "CR7 - Os Segredos da Máquina", novo livro sobre Cristiano Ronaldo. A biografia começa a ser vendida no próximo fim de semana no Brasil  e traz documentos inéditos e novidades sobre a carreira do astro. Foi escrita pelos jornalistas Luis Miguel Pereira, de Portugal, e Juan Ignacio Gallardo, da Espanha, e mostra como o craque do Real Madrid e da seleção portuguesa se tornou um superatleta.

O livro foca em cinco pontos, cada um deles esmiuçado em um parágrafo: a preparação física, o aspecto mental, os conceitos profissionais, a evolução técnica e os cuidados estéticos. O trecho a seguir faz parte do capítulo "Técnico". 

"DRIBLE

Cristiano Ronaldo nunca foi propriamente um jogador tímido. Pelo contrário. Não temia ousar, mesmo quando estava com os mais velhos. 'Ele tinha de ser diferente dos outros até para cobrar um lateral. Não é uma forma de dizer. Era assim mesmo! Mas fazia a cobrança com muito estilo', recorda o ex-colega de seleção Rui Costa. Informação confirmada por Quinton Fortune, companheiro de Ronaldo durante três anos no Manchester United: 'Ele via alguém realizar um novo truque e perguntava imediatamente como é que se fazia. Depois treinava até atingir a perfeição'. 'Quando era mais novo, gostava de ver os outros fazendo algo e tentava imitar', confirma CR7. 'Eu costumava equilibrar a bola na testa e girá-la sobre a cabeça. Cristiano me perguntou como fazia aquilo. Três dias depois já executava o gesto melhor que eu e me forçava a dizer que ele fazia melhor!', conta o ex-jogador sul-africano.

Com 17 anos, já gostava de dominar a bola nas costas e fazia o truque com tanta eficácia como com o peito. 'Nos treinos, passávamos a bola toda torta para ele de propósito, para que fosse obrigado a inventar soluções', lembra Toñito, companheiro de Ronaldo no time principal do Sporting.
Finta no gigante Nistelrooy

Todos os relatos apontam para alguma insolência desde muito cedo. Nunca temeu o risco. Nunca hesitou num passe, drible ou chute, por se sentir acuado pelo seu entorno. Autoconfiança e convicção nunca lhe faltaram. Com uma exceção. No Manchester United, durante um coletivo no centro de treinamentos de Carrington, já no final da primeira temporada, Cristiano decidiu arriscar um chute ao gol, em vez de tocar para o atacante – e artilheiro do time – Ruud van Nistelrooy, melhor posicionado. O holandês ficou furioso e não economizou no momento de repreender aquele jovem que havia acabado de chegar. Em tom alterado e de modo rude ordenou que ele fizesse menos fintas e passasse mais a bola. No entanto, o calouro não se intimidou e rebateu as críticas. Das palavras às 'vias de fato' foi um instante. Conta-se até que o holandês teria acertado um soco no português, dizendo, em seguida, 'agora vai reclamar com o seu pai'. Van Nistelrooy referia-se, supostamente, a Carlos Queiroz, o auxiliar português de Alex Ferguson. Mais do que o soco, Cristiano Ronaldo ficou sentido com o comentário de Nistelrooy, já que o seu pai havia morrido há menos de um ano. Deixou o gramado com os olhos cheios de lágrimas.

Esse episódio mexeu com Cristiano Ronaldo. Ele decidiu se proteger. Em vez de arriscar o drible, optava mais vezes pelo passe curto. Dois problemas surgiam deste comportamento: confiança comprometida e relacionamento afetado com uma das estrelas da equipe. Alex Ferguson resolveu intervir.

A primeira questão foi resolvida com uma conversa: 'Por que é que você não dribla? Contratamos você para driblar, não para fazer passes de cinco metros', assinalou o técnico escocês. O segundo problema teve solução mais radical e levou mesmo ao afastamento do goleador holandês. Estava se aproximando o último jogo do United na Premier League 2005/06, contra o Charlton. Ferguson não poderia ter sido mais explícito: deu a titularidade a Cristiano Ronaldo e nem sequer relacionou Van Nistelrooy. Nesse mesmo dia, 7 de maio de 2006, o holandês despediu-se dos colegas, subiu em um avião e nunca mais jogou pelos Red Devils, colocando um abrupto ponto final em cinco temporadas de sucesso (150 gols em 219 partidas).

Alex Ferguson mostrava assim, com todas as letras, a escolha clara por Cristiano Ronaldo, contra tudo e contra todos. Este sinal inequívoco de confiança teve efeitos imediatos no desempenho do português. Nesse mesmo dia, marcou um dos quatro gols da goleada do Manchester United sobre o Charlton (4 a 0). E, com o respaldo do chefe, nunca mais deixou de arriscar o drible.

Na verdade, as críticas de Ruud van Nistelrooy não eram completamente infundadas. No início da carreira, e jogando pelos lados do campo, Cristiano Ronaldo foi muitas vezes vítima do próprio virtuosismo técnico. O fascínio por 'só mais um drible' comprometia o timing do cruzamento e desesperava os atacantes. Rio Ferdinand, o melhor amigo de Ronaldo no Manchester United, revelou em dezembro de 2013 o que atormentava a alma do astro holandês: 'Ruud van Nistelrooy dizia: 'Eu nunca sei quando é que ele vai cruzar a bola. Como é que eu vou conseguir escapar da marcação? Pareço um louco'.

Escola da rua: nota máxima em 'coordenação'
Os relatos sobre as virtudes técnicas de Cristiano Ronaldo são comuns, desde a infância. A irmã Elma conta que ainda no futebol de rua 'ele fazia o que queria com a bola'. Francisco Afonso, primeiro treinador da estrela merengue ainda no Clube de Futebol Andorinha, assegura que, com 8 anos de idade, 'tecnicamente já mostrava tudo aquilo que vinha com ele, condução de bola, brincar com a bola... Parecia uma coisa inata'.

António Mendonça, treinador de Ronaldo no Nacional da Ilha da Madeira em 1995/96, recorda um episódio curioso, quando o jogador tinha apenas 10 anos de idade: 'Lembro-me perfeitamente de ele atravessar o campo, de uma ponta à outra, fazendo embaixadinhas e sem deixar a bola cair no chão'.

Entre os 6 e os 11 anos de idade, Cristiano Ronaldo ganhou milhares de horas de futebol em relação à concorrência. Depois da escola, tirando uma pequena pausa para se alimentar, gastava o tempo na rua, com a bola nos pés.
A vida a céu aberto, em vez do sedentarismo de casa, 'tornou-o mais apto na coordenação motora geral e também naquilo a que nós chamamos coordenação fina, ou seja, relacionada com a própria atividade, neste caso o futebol', explica Carlos Bruno, especialista em fitness e responsável pela academia das categorias de base do Sporting. Acabou facilitando a relação – íntima e mágica - com a bola.

Cristiano Ronaldo virou um caso raro nos dias atuais. Um dos últimos jogadores 'peladeiros' do futebol mundial. 'A crise de atletas criativos se deve precisamente à mudança de hábitos das crianças, sobretudo nos países ocidentais mais desenvolvidos. O futebol, como esporte criativo e livre, não pode ser desenvolvido em ambientes limitadores. As crianças chegam aos clubes ou às escolinhas de futebol e encontram treinadores muito estereotipados que lhes retiram a pouca criatividade que ainda têm. Isso faz com que percam a capacidade mais rara nos dias de hoje: o um-contra-um. Jogadores fortes nesse capítulo, capazes de inventar soluções através do improviso. São esses atletas que valem milhões, porque há poucos', alerta Carlos Bruno.

Na rua, Ronaldo ganhou ginga, jogo de cintura e armas para resolver sozinho seus problemas. Materializou tudo no drible."
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AUGUSTO KENGUE CAMPOS

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