Partilha Nossa Página no Facebook JORNAL DE ANGOLA ATACA SAMAKUVA ~ Canal 82 | Agência de Notícias

segunda-feira, 26 de maio de 2014

JORNAL DE ANGOLA ATACA SAMAKUVA

 

AUGUSTO CAMPOS | LUANDA: O jornal de angola na sua últoma edição voltou a atacar o Presidente da UNITA com o seguinte contéudo:

Um relatório secreto da Procuradoria Militar da África do Sul refere que “o coronel Isaías Samakuva, chefe da logística da UNITA no Rundu, emitiu uma autorização ao tenente-coronel Rosa de Oliveira para abater elefantes a Sul de Savate”. Também está implicado no contrabando de marfim que era feito através da frota de camionagem do milionário português Joaquim Augusto, proprietário e piloto do avião que caiu na Jamba com João Soares a bordo.
O tenente coronel Rosa de Oliveira pertencia às Forças de Defesa e Segurança da África do Sul mas trabalhava com a UNITA. Foi oficial dos “comandos” portugueses e mais tarde integrado na PIDE/DGS como inspector. Nessa altura começou a trabalhar com a organização de Savimbi. Depois do 25 de Abril de 1974, refugiou-se na África do Sul e foi integrado nas Forças Armadas do regime racista de Pretória, com o posto de major. Mais tarde foi promovido a tenente-coronel e esteve sempre com as tropas da UNITA.
Isaías Samakuva recebia ordens directas deste oficial e também do coronel da Força Aérea da África do Sul, Óscar Cardoso, também antigo inspector da PIDE/DGS e o fundador dos “Flechas” que a partir de 1968 foram reforçados com soldados e comandantes da UNITA. Entre os comandantes destacou-se Satchilombo, fundador do Galo Negro e que integrou o grupo de Savimbi que foi receber treino militar na China.

Oficial de ligação

O actual líder da UNITA era no Rundu o “oficial de ligação” com a Inteligência Militar, com o alto comando das Forças de Defesa e Segurança da África do Sul que na época tinha um regime racista, fundado na “supremacia branca” e por isso foi sujeito a pesadas sanções pela Comunidade Internacional. A frota de camiões de Joaquim Augusto levava armas, munições e víveres para as tropas da UNITA. E no regresso, a carga eram dentes de elefantes e chifres de rinocerontes.
Joaquim Augusto e Savimbi “eram bons amigos” e tinham negócios paralelos aos dos oficiais das Forças de Defesa e Segurança da África do Sul (SADF) mobilizados para as operações militares no Sul de Angola contra o Governo de Angola. Só este milionário português carregou 3.000 toneladas de marfim nos seus camiões. O contrabando sofreu um rude golpe quando as FAPLA derrotaram os “karkamanos” no Triângulo do Tumpo. Após os Acordos de Nova Iorque, a 22 de Dezembro de 1988, Savimbi e Joaquim Augusto perceberam que o tráfico de droga e diamantes tinha os dias contados. O contrabando de madeira e marfim estava a chegar ao fim. As forças de Pretória fugiram do Sul de Angola deixando as tropas de segunda linha, da UNITA, muito vulneráveis no terreno.  

Ambição acaba mal

Para tirarem o máximo proveito do tráfico de droga e diamantes, Savimbi e Joaquim Augusto “aceleraram” as visitas à Jamba. Nunca antes tinham chegado tantos “turistas” ao acampamento da UNITA, para apagar o seu passado criminoso. Foi nesta “correria” que aconteceu a tragédia que quase roubou a vida a João Soares, político e intelectual da esquerda portuguesa e filho do Presidente Mário Soares.
Jaime Nogueira Pinto, do Exército de Libertação de Portugal (ELP) e um dos viajantes à Jamba, confessou mesmo que aqueles foram os melhores anos da sua vida. O “exército” a que pertencia congregou colonialistas e fascistas e os seus membros fizeram tudo para destruir o 25 de Abril e impedir a Independência Nacional. Savimbi era um “bom amigo” da organização colonialista de Nogueira Pinto.

Confissões inesperadas

Isaías Samakuva foi cabo do Exército Português. Em 1975, era funcionário de um Ministério do Governo de Transição, fundado no Acordo de Alvor e atribuído à UNITA. Quando Savimbi decidiu rasgar o Acordo de Alvor, foi para a faixa de Caprivi. Desde então e durante muitos anos, trabalhou com os racistas de Pretória. Em Dezembro do ano passado, numa entrevista à Rádio Ecclésia, ele faz uma confissão inesperada.
“O famoso relacionamento da UNITA com os sul-africanos no tempo do apartheid foi também por mim acompanhado de perto e eu servi –  isto não consta nas minhas biografias –  como oficial de ligação entre a UNITA e os sul-africanos durante sete anos. Portanto, durante sete anos o contacto com a África do Sul foi feito através de mim”.
O líder de um partido angolano confessa aos microfones de uma rádio angolana que fez a ligação entre a UNITA e os racistas de Pretória. Isto numa altura em que o regime de apartheid era condenado internacionalmente e estava sujeito a pesadas sanções por parte da Comunidade Internacional. E a Força Aérea sul-africana bombardeava as aldeias, vilas e cidades angolanas, matando milhares de civis inocentes, incluindo cidadãos namibianos e sul-africanos. As tropas terrestres invadiram e ocuparam o Sul e Sudeste de Angola. Samakuva confessa que trabalhava com os invasores e matadores que semearam a morte e o terror em toda a África Austral.
Na entrevista à Rádio Ecclésia, na época natalícia do ano passado, Samakuva dá mais pormenores: “em determinada altura passei mesmo para dentro da base militar sul-africana no Rundu. Por mim passaram muitas mensagens, assisti a muitas e muitas reuniões, assisti e acompanhei o planeamento de acções militares”.
Pela primeira vez um dirigente da UNITA revela que dentro de uma base militar dos racistas da África do Sul planeou operações militares contra os cidadãos do seu próprio povo. Nada pode ser mais masoquista.

Poeta e fotógrafo

Samakuva, na interessante entrevista, não diz que a base militar sul-africana do Rundu, onde trabalhava, era o centro nevrálgico do contrabando de marfim e droga. Mas o coronel Ian Breytenbach encarregou-se de destapar o véu desse segredo. A Jamba e o Rundu eram peças importantes da rede mafiosa. Joaquim Augusto, o dono e piloto do avião que caiu na Jamba com João Soares a bordo, era o fornecedor de praticamente toda a logística da UNITA. Os seus camiões estavam ao serviço da máfia e depois de descarregarem os abastecimentos, eram de novo carregados com dentes de elefantes, chifres de rinocerontes e madeiras preciosas.
Joaquim Augusto e Samakuva trabalhavam intimamente. Era impossível o actual líder da UNITA nada saber do tráfico.
Um dos oficiais com quem Samakuva trabalhava, o tenente-coronel Rosa de Oliveira, era o “Chief of Staff Inteligence” (CSI). E foi a ele que o agora líder da UNITA passou um “salvo-conduto” para abater elefantes na área de Savate.
Samakuva, na entrevista, revelou que é fotógrafo amador e escreve poemas. Alguns perdeu-os na guerra. Mas outros estão a salvo. João Soares, editor livreiro em Portugal, tem mais material para editar na esteira do célebre poema de Savimbi, “Quando a Terra Voltar a Sorrir um Dia” e que o filho de Mário Soares considera ser “má poesia”. O padre Camilo Cangumbe, um dos mais brilhantes intelectuais da UNITA, também manifestou essa opinião sobre as obras de Savimbi e foi imediatamente morto.

O Guia Prático

Isaías Samakuva, naquele dia 19 de Dezembro de 2013, estava virado para as revelações sensacionais. Sobre o Guia Prático do Quadro da UNITA fez esta apreciação: “o Guia Prático é uma obra também de profundas reflexões sobre Angola e sobre o papel do quadro, não só como político, como militar, mas também como dirigente”. O livro ensina a tornar a “vida impossível” aos angolanos.
Joaquim Augusto e Samakuva foram responsáveis pelo tráfico de milhares de toneladas de marfim e madeira. São os responsáveis por um crime ambiental de proporções inimagináveis, que só foi conhecido graças ao coronel Ian Breytenbach.
Essa é a verdade que já ninguém pode esconder. A guerra suja da UNITA contra Angola só terminou quando as FAPLA destroçaram as tropas sul-africanas no Triângulo do Tumpo. A seguir Pretória teve de assinar os Acordos de Nova Iorque. O fim do regime de apartheid ditou igualmente o fim da rede mafiosa que traficava droga, marfim e diamantes a partir da Jamba.
Com o regime de apartheid no seu estertor final, a rede mafiosa também teve de abandonar os negócios da Jamba. Até hoje. Os quadros da UNITA nunca mais voltaram à sua “capital” nem querem ouvir falar dela, apesar de terem total liberdade de movimentos. Tão inglório é o seu passado que já não serve a nenhuma propaganda.

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