AUGUSTO CAMPOS | LUANDA: O julgamento do atleta paralímpico sul-africano Óscar Pistorius por assassinato recomeça na próxima segunda-feira. Nesta sessão Pistorius deve falar em defesa própria na tentativa de provar a sua inocência e evitar a prisão perpétua. O juiz Thokozile Masipa
adiou os procedimentos por mais de uma semana devido a doença de um dos
assistentes legais que se sentavam a seu lado durante o julgamento, um
dos mais mediáticos da história da África do Sul. Os promotores levaram
15 dias para expor o seu caso contra o atleta de 27 anos, argumentando
que ele matou deliberadamente a namorada, Reeva Steenkamp,
às primeiras horas do Dia dos Namorados do ano passado, na África do
Sul, ao disparar quatro tiros com uma pistola de nove milímetros. Vários
vizinhos testemunharam ter ouvido gritos de horror de uma mulher antes
dos disparos, contrariando a versão de Pistorius de que confundiu a namorada com um invasor que se escondeu no quarto de banho a meio da noite. Se condenado por assassinato, Pistorius enfrenta pelo menos 25 anos de prisão. Pistorius,
que teve a parte de baixo das duas pernas amputadas quando era bebé,
ficou famoso por ser “o homem mais rápido sem pernas”, e conquistou
medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos de Londres e Pequim. Também
venceu uma batalha contra as autoridades do atletismo pelo direito de
competir contra atletas que não são portadores de deficiência,
tornando-se o primeiro velocista amputado a disputar a Olimpíada, ao
chegar à meia-final dos 400 metros em Londres.
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