sexta-feira, 28 de março de 2014

AVIÃO DA MALASIAN AIRLINES: BUSCAS CONTINUAM


AUGUSTO CAMPOS | LUANDA: As operações de busca do Boeing 777 da Malaysia Airlines desaparecido desde o início de março foram retomadas nesta sexta-feira (26, pelo horário local) no sul do Oceano Índico, após uma parada devido ao mau tempo, em meio a informações de destroços localizados por satélites.
Fortes ventos e ondas de até 4 metros haviam interrompido as buscas de navios e aviões australianos, chineses, japoneses e americanos na quinta-feira.
"A busca do (voo) MH370 recomeça nesta manhã" de sexta-feira, anunciou a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA). As operações são retomadas no momento em que um satélite japonês detectou ao menos dez objetos flutuantes em uma zona a 2.500 km ao sudoeste da cidade de Perth, no oeste da Austrália.
Segundo o Escritório de Busca e Informações do governo em Tóquio, o maior desses objetos mediria pelo menos 8 por 4 metros. As imagens foram captadas na quarta-feira, no âmbito das buscas do Boeing 777-200.
Um funcionário japonês, que pediu para não ser identificado, informou que os objetos pertencem, "muito provavelmente", ao avião declarado desaparecido desde 8 de março.
Um satélite tailandês também detectou pelo menos 300 objetos flutuantes, cujo tamanho variava de 2 a 15 metros, aproximadamente, a uma distância de 2.700 km da costa de Perth. As imagens foram registradas na terça desta semana.
Na véspera, a Malásia havia informado que as imagens captadas por um satélite francês da Airbus Defesa e Espaço revelavam a presença de 122 objetos flutuando em uma área de 400 km2 no sul do Índico.
O sul do Oceano Índico é considerado uma área isolada, onde o tráfego marítimo é pouco denso e não é fácil encontrar objetos flutuando como em outros mares.
A missão é um verdadeiro desafio no meio do 'deserto marinho', temido pelos navegantes mais experientes, no meio do caminho entre o extremo sudoeste australiano e a Antártica.
O Boeing 777 saiu da rota prevista uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim e prosseguiu com o voo por milhares de quilômetros em direção ao sul, antes de cair no mar, provavelmente por falta de combustível.
A investigação sobre o desaparecimento do MH370 pode levar anos, mas as primeiras ações contra a Malaysia Airlines e a Boeing já foram anunciadas nos Estados Unidos.
Analistas não apostam em uma teoria definitiva, mas advogados americanos acreditam que um princípio de incêndio ou uma inesperada despressurização da cabine deixou os pilotos inconscientes e o Boeing virou um "avião fantasma".

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