quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

NA UKRANIA: CONFRONTOS REGRESSAM ÁS CIDADES, 25 MORTOS NO TOTAL



AUGUSTO CAMPOS | LUANDA: Os conflitos, de terça-feira de manhã, em Kiev, na Ucrânia, surgiram quando a polícia tentou impedir uma marcha de protesto que tinha como objetivo chegar ao parlamento. As forças de segurança ergueram barreiras a cerca de 100 metros da Assembleia nacional.

Os manifestantes antigovernamentais acabaram por atirar pedras e “cocktails molotov” contra os cordões policiais.

As forças de segurança usaram gás lacrimogéneo e granadas de atordoamento, disparando, ainda, balas de borracha para tentar conter os contestatários.

Os manifestantes atacaram e ocuparam a sede do Partido das Regiões, do Presidente Viktor Ianukovitch, perto do parlamento, depois de romperem o cordão policial que protegia o edifício da assembleia e se envolverem em confrontos com a polícia.

A Rússia já se pronunciou sobre o escalar da violência na Ucrânia e culpa o Ocidente, afirmando que os políticos europeus, ao evitarem condenar as ações dos “movimentos radicais”, acabaram por encorajá-los. O chefe da comissão dos Negócios Estrangeiros do Parlamento Russo, Alexei Pouchkov, afirmou ainda, que a Ucrânia se encontra à beira de uma guerra civil.

A representante da União Europeia para a política externa, Catherine Ashton, já manifestou preocupação com o escalar da violência na Ucrânia, esta terça-feira. Ashton afirmou que “os dirigentes políticos ucranianos devem assumir a sua responsabilidade de modo a criarem condições para uma solução eficaz para a crise política.”

Também o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Frank-Walter Steinmeier, apelou ao governo ucraniano para que evitasse um novo escalar da violência no país, afirmando que este não é o melhor caminho para se conseguir um acordo, de modo a garantir o futuro da Ucrânia. O ministro alemão não excluiu a hipótese de a União Europeia sancionar a Ucrânia, face à violência desta terça-feira.

O chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, condenou “o retorno da violência a Kiev e o uso indiscriminado da força”. Pediu, ainda, que as duas fações “retomem o diálogo” de modo a resolverem a crise política do país, pacificamente.

Desde finais de janeiro que não se registavam confrontos entre manifestantes e polícia, em Kiev. Na altura, 4 pessoas morreram e 500 ficaram feridas, também em frente ao parlamento.
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