AUGUSTO CAMPOS | LUANDA: Uma nova vacina contra a sida, que tem estado a ser testada em primatas
desde 2013, passou de forma satisfatória os primeiros testes, anunciou o
investigador brasileiro que dirigiu a experiência, Edecio Cunha Neto. «Colocámos
à prova a resposta imunitária dos animais e os resultados foram
excelentes», declarou Neto à edição digital do diário Folha de São
Paulo. Segundo outra cientista, Susan Ribeiro, que também
participa no projeto, «as respostas» nos primatas «foram muito mais
intensas do que foi encontrado nos ratos». A vacina está a ser desenvolvida pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) com o instituto estatal Butantan. Em
entrevista dada à Efe em novembro, Neto dissera que as investigações
têm como objetivo encontrar um método seguro e eficaz de imunização
contra a sida para ser usado em seres humanos.
Investigadores brasileiros da Universidade de São
Paulo (USP) e do Instituto Butantan, especializado em pesquisas na área
da saúde, foram melhor sucedidos do que o esperado nos primeiros testes
realizados em macacos com uma vacina contra o vírus da sida. Os quatro
macacos injetados com a vacina experimental tiveram uma reacção mais
expressiva do que o estimado inicialmente pelos investigadores na
produção de anticorpos contra o vírus.
O
resultado, segundo afirmou Edécio Cunha Neto, coordenador da pesquisa, e
Susan Ribeiro, cientista que participa no projeto, surpreendeu pelos
resultados positivos. No entanto, os investigadores alertaram para o
facto de ainda se estar muito longe de poder dizer que se criou uma
vacina contra a doença ou que vá realmente funcionar em humanos. Para os
cientistas, o reduzido número de animais disponíveis para os primeiros
testes - apenas quatro - não permitem um optimismo exagerado.
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