segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

PRESIDENTE DO ASA EM TRIBUNAL



AUGUSTO CAMPOS | CANAL 82 | ANGOLA - Grande expectativa envolve o início do julgamento amanhã, do caso ASA, agendado para as 10H00, na 1ª sessão da sala do Cível e Administrativo do Tribunal Provincial de Luanda.Estão envolvidos no litígio pós eleitoral no Atlético Sport Aviação (ASA) de um lado o elenco de Manuela Oliveira, eleita presidente do ASA, a 28 de Abril de 2012 e, do outro lado, os sócios que interpuseram a providência cautelar que culminou com a suspensão da actividade da direcção eleita.

«Vamos estar lá para ver se é reposta a legalidade, porque o arrastar deste processo traz ao clube muitos danos», comentou Zacarias Lopes João, que diz ser sócio, e defensor do retorno da direcção de Manuela Oliveira.Por seu turno, António Martins que também alega estar na condição de sócio refere que «o clube já viveu peripécias demais e que nos últimos dias tem estado a reerguer-se».«Acho que não devíamos levantar mais litígios que nos dividem e acabam por prejudicar o nosso clube. Devíamos juntar esforços em torno da direcção que lá está e fazer o clube ir para frente», defendeu. Recordar que Manuela Oliveira foi eleita a 28 de Abril de 2012 num processo em que dos 33 sócios com quotas regularizadas apenas compareceram 22.  A presidente foi eleita com 19 votos favoráveis, nenhum contra, nenhum nulo e três abstenções. Manuela Oliveira tomou posse a 5 de Maio.

Antes da realização do pleito eleitoral, numa conferência de imprensa realizada no Hotel Trópico, um grupo de sócios do ASA, entre eles, David Mavinga, Cesário Ebo, Miguel José, José Miguel, Domingos de Sousa e José Bumba, alegaram irregularidades no processo eleitoral que levou à presidência do clube a primeira mulher e prometeram impugnar o processo.Na sequência, a terceira secção da Sala do Cível e Administrativo do Tribunal Provincial de Luanda emitiu uma providência cautelar para suspender o mandato de Manuela Oliveira, eleita presidente do ASA, tornada pública a 6 de Julho de 2012.

«Nestes termos e fundamentos acima expendidos, julgo procedente o presente procedimento cautelar e, em consequência, condeno a direcção e presidente de direcção da referida a absterem-se de praticar actos referentes à gestão do clube requerido e autorizo a direcção anterior a praticar todos os actos relativos a uma gestão normal», escreveu a juíza Denise Paiva Ventura, no documento datado de 25 de Junho de 2012.

A indicação do elenco cessante, liderado por Zeca Venâncio «praticar todos os actos relativos a uma gestão normal» pela providência cautelar do Tribunal Provincial de Luanda foi entendida como uma anulação do pleito eleitoral que levou Manuela Oliveira à presidência do ASA. Daí que alguns sócios desencadearam acções que levaram à indicação de uma comissão de gestão no clube, que foi liderada por Justino Fernandes e, mais recentemente à convocação de novo processo eleitoral que elevou Elias José ao cargo de presidente de direcção do clube, cargo que exerce actualmente, com um elenco que integra a maioria dos sócios proponentes da providência cautelar.
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