Kadima em queda acentuada
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
7 ANOS DEPOIS ARIEL SHARON CONTINUA EM COMA
terça-feira, dezembro 03, 2013
AUGUSTO CAMPOS | CANAL 82 | LUANDA -Ariel Sharon, de 84 anos, está em coma há
precisamente sete anos. O antigo primeiro-ministro israelita (2001-2006)
sofreu um derrame cerebral a 4 de janeiro de 2006 na sequência da
ingestão de medicamentos para responder a uma trombose. Continua, desde
então, em estado vegetativo e aos cuidados da família.
A 12 de novembro de 2010, Sharon tinha sido transferido
do Centro Médico Sheba, em Telavive, para o seu Rancho Sycamore, no
Negev (sul de Israel), onde foi instalado equipamento médico para o
efeito.
A experiência durou apenas 48 horas e logo Sharon
regressou ao hospital. O sistema que o mantém vivo custa anualmente 300
mil euros, pagos pelo Estado e pela família.
Numa das últimas informações à imprensa sobre o estado
de saúde de Ariel Sharon, o porta-voz do Centro Médico Sheba afirmava ao
diário francês "Le Monde", em setembro de 2009: "A única informação que
posso dar é que o seu estado permanece estável e inalterado. Para mais
informações, por favor contactem a família."
Numa entrevista em outubro de 2011, Gilad, o filho mais
novo de Sharon, afirmava que o pai tinha sensibilidade, apesar de ser
incapaz de fazer movimentos significativos. "Quando ele está acordado,
olha-me e mexe os dedos sempre que eu peço para o fazer."
A cada ano, o estado de saúde de Ariel Sharon é menos
noticiado. E o seu legado político corre mesmo o risco de desaparecer.
Um ano antes de sofrer o derrame cerebral, Sharon fundara o partido
Kadima (centro-direita) para levar avante a retirada unilateral de
colonos e soldados da Faixa de Gaza, estratégia que era contestada pelo
rival Likud (direita).
Todas as sondagens para as eleições legislativas do
próximo dia 22 de janeiro dão como vencedora a coligação de direita
entre o Likud (do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu) e o
partido Israel Beitenu (do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Avigdor
Lieberman). Quanto ao Kadima, agora liderado por Shaul Mofaz, corre o
risco de perder 26 dos atuais 28 deputados.