AUGUSTO CAMPOS | CANAL 82 | LUANDA - De acordo com aquela publicação norte-americana, a situação vivida em
Portugal é semelhante ao destino da raça. Isto porque, apesar de o
animal ter sido essencial durante séculos no sector agrícola, está
actualmente em vias de extinção devido à desertificação do interior do
País, dependendo de apoios externos para evitar o pior.
Segundo está escrito no artigo, “depois de décadas de negligência e
mal-entendidos, argumentam alguns, o destino do burro veio a
assemelhar-se ao dos seus homólogos humanos no interior da Europa em
dificuldades: ameaçados pela população em declínio e dependentes dos
subsídios da União Europeia para sobreviverem”.
Além disso, “como os jovens continuam a deixar as áreas rurais e a
deslocar-se para as cidades, os burros estão a ser ameaçados também
porque os onze agricultores que cuidavam deles estão a ficar velhos
demais para o continuar a fazer”.
No texto assinado pelo jornalista Raphael Minder, que se deslocou até
à Paradela, lê-se ainda que “o grande e dócil burro mirandês é
considerado uma espécie ameaçada desde 2003”, mas isso não impediu que
fosse substituído “pelo tractor e equipamento agrícola mais moderno”.
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