AUGUSTO CAMPOS | CANAL 82 | LUANDA - Segundo a polícia brasileira, os membros da rede
aliciavam as mulheres em casas noturnas do bairro de Indianópolis, a Sul
de São Paulo, com elevadas quantias em dinheiro (dos 7200 ao 72 mil
euros) para se prostituírem durante uma semana com homens abastados.
Durante a investigação, que durou cerca de um ano, as
autoridades brasileiras chegaram ainda à conclusão que as vítimas, uma
vez no estrangeiro, eram mantidas sob sequestro e obrigadas a manter
relações sexuais sem preservativo. A essas mulheres era dado um alegado
coquetel de drogas antissida.
Ontem, a polícia brasileira executou 16 mandatos:
cinco de prisão (foram detidos um empresário, um administrador e três
angariadores) e onze de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, São
Bernardo do Campo, Cotia e Guarulhos, todas no estado de São Paulo. Da
lista de bens apreendidos contam 11 carros de luxo, 23 passaportes, 9
cópias de passaportes, 14 pedidos de visto para Angola, moeda
estrangeira e drogas.
A polícia acredita que esta organização criminosa movimentou cerca de
33 milhões de euros com o tráfico internacional de mulheres desde 2007 e
que será através do futebol que o general Kanganba lava este dinheiro.