AUGUSTO CAMPOS | LUANDA, 25 Julho 2014: Extracção de petróleo combinada com o gás da rocha de xisto leva o país ao topo mundial dos produtores.
Os Estados Unidos ultrapassaram a Arábia Saudita e a
Rússia para se tornarem no maior produtor mundial de petróleo, com a
extracção de energia de xisto, avançou hoje o Bank of America. A
produção de petróleo bruto juntamente com os óleos líquidos separados do
gás natural, superou todos os outros países este ano, com uma produção
diária superior a 11 milhões de barris no primeiro trimestre. O país
tornara-se no maior produtor de gás natural do mundo em 2010. A Agência
Internacional de Energia (AIE) já havia afirmado em Junho passado que os
EUA eram o maior produtor de líquidos de petróleo e gás natural.
"Os EUA são agora o maior produtor mundial de petróleo e gás", disse
Francisco Blanch, director do banco em Nova York, citado pela agência
Bloomberg. "A revolução do xisto americano teve um efeito transformador
sobre os EUA e as economias globais nos últimos anos. Os preços baixos
de energia são uma vantagem chave da economia do país", afirmou aquele
responsável. Mas, por outro lado, o crescimento da produção fora dos EUA
tem sido menor do que o banco antecipou, pelo que se mantêm os preços
globais do petróleo elevados, disse Blanch.
A extracção de petróleo está a aumentar ao nível das formações de
xisto no Texas e no Dakota do Norte, num processo conhecido como
fractura hidráulica, ou fracking.
O aumento da oferta combinada com restrições à exportação de petróleo
bruto está a reduzir o preço do West Texas Intermediate, referência do
petróleo dos EUA. Mas o país é também o maior consumidor de petróleo do
mundo - pese embora a subida vertiginosa da China nos anos mais recentes
- pelo que ainda importa uma média de 7,5 milhões de barris por dia de
petróleo (valores de Abril).
Para fazer face a esta procura, a produção de petróleo dos EUA vai
aumentar para 13,1 milhões de barris por dia em 2019, de acordo com o
AIE, onde estão agrupadas 29 nações consumidoras de energia. Mas o país
poderá sair do top do ‘ranking' dos produtores no início da década de
2030, disse aquele organismo.
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